quinta-feira, 12 de abril de 2012


DJ FRAN VIANA É HOMENAGEADO DA GLAM PARTY FORTALEZA

De shape novinho em folha, Fran Viana vai confraternizar com amigos
e DJs na noite de sábado (14/4) na boate Level

Há 25 anos, um galpão da Rua Dragão do Mar foi transformado numa boate de paredes pretas e detalhes em amarelo que ganhou o nome de Periferia. Naquele tempo a Dragão do Mar não tinha nada além de velhos galpões, um casario decadente e mal cuidado, e a Capitania dos Portos. Era um via maltratada pelo vai-e-vem de caminhões pesados, com um calçamento irregular que, em dia de chuva, inundava a ponto de jogar água pra dentro dos tais galpões. Ninguém imaginava até então a criação do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, muito menos a efervescência cultural e o point de entretenimento que aquela área se tornaria posteriormente.

Naquela boate que o colecionador de discos e grande conhecedor de música pop, Fran Viana, foi alçado à categoria de DJ profissional, tornando-se residente da casa que marcaria a vida noturna da cidade na segunda metade da década de 80. Neste sábado (14/4), Fran é o homenageado da terceira edição da Glam Party Fortaleza, que acontece na boate Level, a poucos passos de onde foi a pioneira Periferia. Fran Viana topou responder umas perguntinhas rápidas sobre sua trajetória com exclusividade para o Blog do LAF. Confira:


LAF - Como começou sua paixão por música? Houve um fato específico - uma música, um disco, um período, ou mesmo um amigo (ou turma de amigos) - que o fez se apaixonar por música?
FRAN VIANA - Desde a infância ouvia música de vários estilos e sentia que aquilo mexia comigo de uma maneira mais intensa do que com os outros garotos. Acho que é predisposição genética, sei lá... De qualquer forma, a canção que mais me marcou foi "Alegria, Alegria" (Caetano Veloso) quando eu tinha 7 anos. Parecia ter sido feita especialmente para mim e, mesmo sem entender quase nada da letra, eu a decorei e passava o dia cantando as "espaçonaves, guerrilhas e cardinales bonitas".

LAF - Você está comemorando 25 anos de carreira, o que significa que o marco zero foi sua entrada na boate Periferia. Mas antes disso, o que o levou a ser convidado para assumir a residência da casa? Você já tinha uma trajetória, não é verdade?
FRAN VIANA - Por colecionar discos, era eleito naturalmente para tocá-los nas festinhas dos amigos. Daí o Lino Villaventura, que considero como o responsável pela minha carreira de DJ, sempre me pedia sugestões para trilha de seus desfiles e, assim, com esse auxílio luxuoso, fui parar na Periferia.

LAF - Antes da Periferia, quem eram os DJs da cidade? Quem fazia as melhores festas?FRAN VIANA - Lembro do Edgar, do Sílvio de Paula e das festinhas "mingau pop" do Náutico. Nessa época eu curtia mesmo era rock'n roll tipo Stones, Bowie, Zeppelin e Dylan, então não era grande frequentador de discotecas e boates.

LAF - Se você fosse isolado numa ilha deserta e que só poderia levar a coleção de um só artista/banda, qual seria sua opção e por que?
FRAN VIANA - Esta pergunta é de lascar para quem gosta de estilos tão variados como eu. Mas acho que eu levaria a discografia do João Gilberto, que é o artista que mais me emociona e no qual a cada audição descubro novas e maravilhosas sensações.

LAF - Você foi um dos primeiros a tocar música eletrônica na cidade, bem na época que tava começando a rolar o movimento da house-music, acid-house, as primeiras raves etc e tal. O que você acha da cena eletrônica de Fortaleza com estas megafestas em mansões, sítios, casas e/ou barracas de praia?
FRAN VIANA - Mesmo saindo pouco, acho a diversidade existente na cidade muito estimulante. Do freestyle do Guga de Castro aos grooves do Marquinhos, passando pelos BPMs finíssimos do Rodrigo Lobbão e do Fil, ao indie do Neto Pessoa temos de quase todas as vertentes uma boa dose. Espaços virtuais como o Cenaceará e este blog são representativos dessa variedade.

LAF - Hoje qual é o DJ que o tira de casa para encarar uma balada a noite toda?
FRAN VIANA - Um line up que incluísse pelo menos 2 dos supracitados. Contudo, sinto falta de um espaço dedicado ao reggae, dub e tudo mais que for "raiz". Ando numa fase muito solar ultimamente.
 

SERVIÇO
GLAM PARTY FORTALEZA 3ª EDIÇÃO -
Festa que celebra a cultura glam e marca a comemoração dos 25 anos de carreira do DJ Fran Viana. Participação dos DJs Dado, Danny Husk e Évison. Sábado (14) na boate Level (antiga Club 20 - Rua Dragão do Mar, 218 - Praia de Iracema), a partir das 22 horas. Preços: R$ 15,00 (1º lote), R$ 20,00 (2º lote) e R$ 25,00 (3º lote). Promoção: os primeiros 100 ingressos concorrem a sorteios de camisas da festa. Informaçoes: www.facebook.com/4Fellas

quarta-feira, 4 de abril de 2012

SHOW EXTRA DE PAUL MCCARTNEY NO RECIFE



Acaba de ser divulgado que Sir Paul McCartney fará show extra no Recife dia 22 de abril no Estádio do Arruda. A apresentação do dia 21 extrapolou a procura de ingressos e lotou o estádio da Ilha do Retiro. Agora, serão duas oportunidades para admiradores do NO/NE poderem ver este ícone da música popular dos últimos 50 anos in loco com sua turnê mais recente On the run, comemorativa dos 40 anos de lançamento do clássico disco Band on the run, considerado por muitos o melhor trabalho de Macca depois do fim dos Beatles. Os ingressos podem ser comprados no site: www.zetkts.com

domingo, 25 de março de 2012


NÃO É BOATO. PAUL MCCARTNEY TOCA DIA 21 DE ABRIL NO RECIFE

Macca fará show no Estádio do Arruda num sábado, 21 de abril

Desde a última vinda de Paul McCartney ao Brasil que surgiram boatos sobre uma nova passagem dele por aqui quando incluiria a capital pernambucana no roteiro. Entre idas-e-vindas da conversa, já tinha virado até sarro nas redes sociais esta história do ex-Beatle tocar no Recife e a história tinha caído no descrédito.

Pois agora é oficial (está no site dele e tudo): Paul McCartney tocará no dia 21 de abril no Estádio do Arruda (Estádio José Rego Maciel) e as vendas pela internet já começaram ontem (domingo, 25) e nesta segunda já começam as vendas presenciais. O preço do ingresso varia R$ 80 a R$ 600. Serão disponibilizados à venda um total de 60 mil ingressos, divididos em Pista Premium, Pista, Cadeiras e Arquibancadas.

McCartney virá ao Brasil dentro da On the Run Tour que ele começou um mês depois de ter passado pela última vez pelo Brasil com a Up and Coming Tour - esta passou duas veze pelo país - em novembro de 2010 e em maio de 2011. Para os fãs, o repertório não deve ser muito diferente já que o CD mais recente é um projeto de resgate de canções dos anos 40 e 50 e não se adequa a shows de estádio. Desta vez, apenas Recife (PE) e Florianópolis (SC) - no dia 25 - receberão o velho Macca, que, no próximo dia 18 de junho, completará 70 anos de idade.

JENNIFER LOPEZ COMEÇARÁ TURNÊ PELO BRASIL. 
FORTALEZA ESTÁ CONFIRMADA NA ROTA

J´Lo fará quatro apresentações no Brasil. Ela cantará em Fortaleza dia 30 de junho

Jennifer Lopez está desembarcando no Brasil esta noite (25/3), pouco mais de um mês depois de ter conferido o carnaval como garota propaganda da Brahma. A assessoria da atriz, cantora e apresentadora divulga que ela irá exclusivamente a São Paulo para gravar participação no programa O Melhor do Brasil, de Rodrigo Faro, nos estúdios da TV Record. Seu objetivo é divulgar o reality show Q´Viva! The Chosen, que promete revelar talentos latino-americanos, nos moldes do American Idol, programa do qual também vem participando desde a temporada do ano passado como jurada. J´Lo é produtora do Q´Viva! e divide a apresentação com o cantor Marc Anthony, outro ídolo de ascendência latina muito popular nos EUA.

Mas não deve ficar só nisso. Muito provavelmente J´Lo, 42 anos, aproveitará a visita para anunciar oficialmente sua novíssima turnê que começará justamente pelo Brasil. Será a primeira excursão da cantora em anos que resolveu voltar para a estrada depois do megassucesso do álbum JLove?, lançado há quase um ano. A produtora brasileira XYZ Live já teria quatro datas acertadas: a estreia em São Paulo no dia 23 de junho, depois a turnê seguiria para o Rio de Janeiro no dia 26, posteriormente para Fortaleza (dia 30) e Recife (dia 1º de julho). As duas datas no Nordeste são uma parceria da XYZ com a Arte Produções e, segundo João Carlos Diógenes, contará também com a presença da diva baiana Ivete Sangalo no palco. 

Para Fortaleza ainda existe a dúvida se o show de Jennifer Lopez será realizado no novo Centro de Eventos e Feiras (a produtora aguarda liberação do espaço pelo Governo do Estado) ou no Marina Park Hotel.   

terça-feira, 13 de março de 2012


MARIA RITA CANTARÁ ELIS REGINA NO RECIFE

Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro são as outras cidades visitadas pelo projeto Nivea Viva Elis


Maria Rita interpretará repertório de Elis Regina pela primeira vez. Foto de Francisco Cepeda/AgNews

No último dia 9, foram anunciadas as datas do projeto Viva Elis, idealizado pelo primogênito de Elis Regina - o produtor e apresentador João Marcello Bôscoli - para marcar os 30 anos da morte da cantora. Serão apenas cinco apresentações, patrocinadas pela marca de cosméticos Nivea, onde pela primeira vez a filha de Elis, Maria Rita, 34 anos, subirá ao palco para executar um repertório marcado pelas canções imortalizadas por sua mãe.

A turnê começa por Porto Alegre (RS), cidade natal de Elis, no dia 24 de março (no próximo dia 17, ela completaria 67 anos). Segue para Recife no dia 1º de abril, com apresentação marcada para o Parque Dona Lindu (Praia de Boa Viagem), às 16 horas. As datas seguintes são: Belo Horizonte (dia 8/4, no Parque das Mangabeiras), São Paulo (22/4, no Auditório do Ibirapuera) e Rio de Janeiro (29/4,no Aterro do Flamengo). Todas as apresentações serão gratuitas e acontecerão em espaço público.

segunda-feira, 12 de março de 2012


MORRISSEY DEIXA A PLATEIA EM ÊXTASE NA DESPEDIDA EM SP


Morrissey no palco do Espaço das Américas. Foto de Amaury Nehn/AgNews

Morrissey não é um mero entertainment do show business. Nunca foi. Talvez por isso ele não tenha exatamente fãs e sim seguidores, pessoas que quando se apaixonam pela obra do artista buscam conhece-la por completo. Foi justamente uma enorme parcela deste público que o cantor e compositor inglês levou até o Espaço das Américas, em São Paulo, numa noite de domngo chuvosa e quente, próprias dos últimos dias de verão. A noite foi aberta pela cantora Kristeen Young, que pouca gente viu, já que a chuva e os engarrafamenos no entorno da Barrafunda impediram boa parte do público de chegar a tempo - inclusive este que vos escreve.

Antes mesmo de surgir no palco, Morrissey já vai fazendo a plateia se familiarizar com seu mundo todo próprio. Ele prepara o terreno com uma série de clipes de artistas do pop e rock dos anos 60 e início dos 70 - a maior parte nomes que tiveram poucos hits no Reino Unido e não são conhecidos do grande público. Sua entrada no palco é triunfal. O pano cai e ele surge de cara limpa, em primeiro plano, para delírio do público que o trata com devoção, com seus músicos vindos logo atrás - todos vestidos com uma camiseta vermelha com a inscrição: "Assad is shit' (Assad é um merda, referência ao presidente da Síria, Bashar al-Assad).

Os músicos pegam seus instrumentos e a celebração começa com First of the Gang to Die, uma das melhores músicas de sua trajetória solo. O som não está perfeito e Morrissey parece não ter aquecido a voz, cantando um pouco rouco. Mas quem se importa. Ele está ali na sua frente, fazendo caras e bocas, vestido numa camisa amarelo-ouro, e usando um crucifixo. Detalhes que boa parte do público não quer deixar passar e abre mão de curtir o show para se tornarem fotógrafos e cinegrafistas em tempo integral, atrapalhando quem está ali para se deleitar com a apresentação. Vivemos na era das redes sociais, onde o que é reproduzido vale mais que aquilo que é real.

Ao final de Alma Matters, a quarta música, Morrissey esbraveja: "São Paulo, I love you!", como forma de agradecer tamanha receptividade do público apaixonado por ele. O foco inicial são as músicas da carreira solo e assim ele obedece rigorosamente ao setlist que vem apresentando nesta turnê latino-americana. Mas é claro que há no ar uma ansiedade enorme pelas canções dos tempos da banda The Smiths. Still ill é a primeira a surgir no repertório. Por incrível que pareça esta foi a primeira música da banda a ser lançada no Brasil, já com um atraso típico daqueles tempos, no longínquo ano de 1985, através de um disquinho de plástico que vinha de brinde num dos primeiros números da revista Bizz. Puro delírio!

Depois vem um de seus primeiro hits em carreira solo, Everyday is like sunday, e o público canta a plenos pulmões. Satisfeito, Morrissey responde com simpatia em um redondo: "obrigadô". Ele troca a camisa amarela por uma preta que, posteriormente, ele irá jogá-la ao sacrifício para o público. Outras músicas são bem recebidas pelo público, como You´re the one for me, fatty! e Ouija Board, Ouija Board. Já outras são acompanhadas com respeito mas sem empolgação - sim, o público sente falta de boas músicas de sua trajetória solo como Suedehead, You´re gonna need someone on your side, Billy Budd, até as recentes Something is squeezing my skull e Ganglord, entre tantas outras. 

Morrissey não deixa de passar suas mensagens mais fortes. Critica ferozmente a visita do príncípe Harry ao Brasil: "A família Real quer apenas o seu dinheiro. Não dêem!" Já a próxima música dos Smiths é a incisiva bandeira vegetariana Meat is murder, que ressurge num arranjo ainda mais denso, dark. No telão são passadas imagens de sofrimento dos animais sendo abatidos. Aqueles mais sensíveis, preferem não olhar. É com certeza o momento mais pesado do show. Mas vamos aos momentos de maior delírio e aí nada supera There is a light that never goes out, com Morrissey deixando o título-refrão com o público. Sim, o clássico dos Smiths arranca lágrimas dos seguidores de Morrissey. Ele também parece se emocionar com tamanha demonstração de paixão. Ao final de I Know It´s over, outra dos tempos dos Smiths, ele parece embargar a voz.

O final é apoteótico com a sequência de Please, please, please let me get what I want e How soon is now? Morrissey e os músicos saem rapidamente do palco. Ele troca novamente a camisa, deixando a azul e retornando com a primeira amarelo-ouro, e todos retornam para o bis programado: One day goodbye will be farewell. E se despede adequadamente. Êxtase da plateia que tanto gritou: "Morrissey! Morrissey! Morrissey!"

Será que ainda se passará mais 12 anos até que mister Stephen Patrick Morrissey retorne ao Brasil? Provavelmente não. Três apresentações foram pouco para o tamanho do público que ele possui no Brasil. E, para um artista que vem reclamando que está sem gravadora, o dinheiro do brasileiro vem bem a calhar, não é verdade?

domingo, 11 de março de 2012


GÓTICO EM TONS FLÚOR NA PASSAGEM DO SISTERS OF MERCY POR SP


The Sisters of Mercy no palco do Via Funchal no último dia 10. Foto do IPhone de João Henrique Gondim

"Pô, meu... o cara me aparece careca, de barbicha e com uma camisa amarela!!!" Assim reclamava um fã do pós-punk de tonalidades góticas do Sisters of Mercy na saída do Via Funchal, ao final da noite do último sábado (10/3). A exclamação tinha até sua razão de ser, afinal o ícone dark Andrew Eldritch quebrou o dresscode do gênero e surgiu no palco com visual completamente fora do esperado, com destaque para camisa de tons flúor. Quem esperava aquela figura esquálida, de cabelos pretos escorridos e trajando sempre negro, viu um outro Eldritch no palco, onde apenas a voz de grave profundo e o indefectível óculos escuros faziam a ponte com a figura que estampava várias camisetas dos fãs presentes à casa noturna.

Apesar da surpresa com a quebra de paradigma, The Sisters of Mercy possivelmente fez uma de suas melhores apresentações no Brasil. Mesmo sem lançar álbum novo há 22 anos (o último foi Vision Thing, de 1990), o hoje quarteto cumpriu bem o papel de saciar fãs saudosos do rock alternativo da década de 80, que queriam sim reverenciar um dos pioneiros e mais influentes personagens da cultura gótica, que voltou forte neste século 21. Se misturaram na plateia do Via Funchal veteranos darks dos anos 80 com neo-góticos que tomaram mamadeira ao som de Bauhaus e Sisters of Mercy, que ainda capricharam no visual com longas capas pretas, correntes e maquiagem escura. Tarefa difícil foi encontrar alguém vestido com outra cor que não fosse o preto ali dentro.

A sua última passagem dos Sisters pelo país não deixou boas lembranças, com um set irregular e uma banda ainda tentando se afinar aos ditames do som idealizado por Eldritch desde a fundação da banda, em Leeds (Inglaterra), em 1980. Tudo bem que a durabilidade das formações sempre atrapalharam o desenvolvimento de uma carreira mais sólida e sempre comprovaram que The Sisters of Mercy é praticamente um codinome de Andrew Eldritch. Mas desta vez as guitarras de Chris May e Ben Christodoulou, e o apoio de Simon Denbigh nos teclados e programações, fizeram bem do que a cama para Eldritch passear por seus clássicos. A banda estava especialmente afiada, brilhando até em número instrumental, tangenciando o heavy-metal em certos momentos. May e Christodoulou também se garantiram nos vocais de apoio, fazendo a parte mais aguda, chegando mesmo a lembrar os tempos dos duelos de Eldritch e Wayne Hussey (depois The Mission).

É claro que os pontos altos foram os clássicos Dominion/Mother Russia, This Corrosion, First and Last and Always e até Temple of Love, esta já executada no bis. Se alguém esperava por No Time to Cry (sucesso até nas rádios pop no Brasil de meados dos anos 80), ficou a ver navios, afinal esta composição ficou para o legado da passagem do desafeto Hussey pela banda.